Vereadores repudiam política de preços da Petrobras
06 de junho de 2018
Na segunda-feira (4), em Sessão Ordinária, a Câmara aprovou uma moção de repúdio à política de preços praticada pela Petrobras e ao processo de privatização.
No documento, eles justificaram que o gás de cozinha, a gasolina e o óleo diesel seguem preços dos mercados internacionais, cujas cotações variam diariamente. A adoção dessa política de preços é mais vantajosa para a empresa atuar no mercado internacional, no entanto esses valores praticados prejudicam os brasileiros, o desenvolvimento econômico do país e a geração de empregos.
Essa política de preços foi contestada pela greve dos caminhoneiros e por toda a população brasileira que sofre com os altos valores. A Petrobras é uma empresa estatal que existe para contribuir com o desenvolvimento do país e para abastecer nosso mercado aos menores custos possíveis, o que não está sendo feito. A política de preços atual favorece o capital financeiro especulativo internacional, que almeja lucros cada vez mais elevados.
Os vereadores também destacaram que repudiam a política de privatização de reservas de petróleo, especialmente do pré-sal e estão indignados com a possibilidade de uma eventual privatização das refinarias nacionais de petróleo.
“Vendem o nosso petróleo barato para países da Europa e depois trazem [petróleo] refinado e mais caro. Somos afanados pelos políticos e eles ainda têm a coragem de falar que a Petrobras é dos brasileiros. Estão fazendo uma covardia com o povo”, falou Vanderley Vieira – Deley (PPS).
O vereador João Zanetoni (PSB) criticou as medidas adotadas: “Essa moção tinha que ser feita por todos os municípios. Essa situação é causada por pessoas que estão no poder e tiram proveito de um produto do qual sobrevivemos. Hoje a população paga o preço. A população está insatisfeita com essa má administração que estamos vivendo hoje. Há uma insatisfação com esse governo”.
A moção de repúdio foi proposta por todos os vereadores. Cópia do documento será encaminhada à Presidência da República, à Diretoria da Petrobras, à Presidência da Câmara dos Deputados, do Senado e a todos os membros das bancadas que representam o estado de São Paulo na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.